Embora venha sofrendo com os impactos da greve dos caminhoneiros, a Localiza não vê efeitos relevantes dessa crise sobre os resultados da companhia caso a situação se normalize nos próximos dias, como é esperado. A afirmação é do CEO da empresa, Eugênio Mattar.

De acordo com o executivo, a empresa passou a sentir mais fortemente os efeitos da paralisação dos caminhoneiros no sábado, 26. Com isso, a empresa resolveu congelar novas reservas de aluguel de carros de segunda e terça-feira. “Estamos fazendo o melhor que podemos”, disse Mattar, que participa nesta noite da premiação do jornal Valor Econômico.

Caso a situação não normalize até quinta-feira, o presidente da Localiza destaca que a empresa continuará se esforçando para minimizar os efeitos sobre suas operações – foi instalado, inclusive, um “comitê de crise” para avaliar as melhores alternativas.

Na última sexta-feira, a empresa informou ao mercado que, até aquele momento, as reservas realizadas pelos clientes estavam sendo atendidas. “Frente ao cenário de restrição de abastecimento, podem ocorrer alterações na reserva que fogem do nosso desejo, como grupo do carro reservado, tempo de liberação na agência ou quantidade de litros de combustível disponível no tanque. A Companhia vem tomando medidas para minimizar os impactos decorrentes do prolongamento do desabastecimento, que poderá causar bloqueio de novas reservas”, dizia o documento do dia 25.

Maior locadora de carros do País, a Localiza encerrou o primeiro trimestre de 2018 com fortes resultados nas principais linhas de seu balanço. O lucro líquido consolidado, considerando as divisões de aluguel de carros, gestão de frota e seminovos, alcançou R$ 176 milhões, 46,3% maior no comparativo anual. Já a receita líquida consolidada também cresceu dois dígitos, para R$ 1,822 bilhão entre janeiro e março (+36,1% na base anual).