O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou hoje que, na sua volta ao Senado, assumirá uma posição de liderança na condução dos debates relativos aos projetos para o marco regulatório do pré-sal. “Não tenho pretensão de assumir a liderança desses encaminhamentos. Isso é papel dos líderes partidários e do líder do governo. Serei apenas um senador igual aos demais e que, por ter participado como ministro, tenho conhecimento da matéria e posso contribuir.”

Ao chegar para a reunião da Comissão de Infraestrutura da Casa, Lobão disse que, até o momento, não foi sondado para relatar algum dos projetos do pré-sal. O ministro voltará ao Senado no dia 1º de abril. Ele deixará o ministério de Minas e Energia para concorrer no final do ano a um novo mandato como senador pelo PMDB do Maranhão.

Sobre a chamada emenda Ibsen, de autoria do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que promove uma distribuição mais igualitária dos royalties e causou revolta por parte dos Estados produtores, Lobão afirmou que ela se baseia em texto constitucional, mas ponderou: “Tem característica de muito radicalismo. É preciso fazer modificações consideráveis na emenda se os senadores estiverem de acordo.”

No entanto, Lobão admitiu que o fato de o País estar em um ano eleitoral pode prejudicar a discussão do tema. O ministro disse que, uma vez no Senado, vai defender as propostas que ele próprio ajudou a elaborar para o marco regulatório do pré-sal.

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