A Agência Espacial Brasileira (AEB) confirmou que o objeto metálico de cerca de 4 metros encontrado no dia 16 de março em São Mateus do Sul, no Paraná, é um pedaço de lixo espacial.

Uma equipe da agência chegou a cidade paranaense no dia seguinte a descoberta para analisar o objeto, que foi definido como “derivado de um artefato espacial”.

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Em nota à imprensa, a AEB informa que “o relatório elaborado concluiu sobre a possível procedência do objeto e informou à embaixada do país de origem no Brasil, que entrou em contato com a empresa responsável pelo artefato. Feitos os contatos iniciais, estamos no aguardo da resposta da embaixada do país de origem para tomar as providências necessárias.”, sem citar a empresa ou o país de origem responsável pelo objeto.

Peça de foguete

De acordo com especialistas da Rede Brasileira de Observação de Meteroros (BRAMON), o material pode ser parte de um foguete Falcon 9 da empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, já que a cidade paranaense de São Mateus do Sul fica na linha da trajetória de reentrada do veículo lançador.

O formato e o tamanho do objeto são compatíveis as características do tubo que reveste o motor do segundo estágio do foguete. Segundo a BRAMON, a peça é formada por uma liga de nióbio e titânio, com grande resistência a altas temperaturas.

Legislação sobre o lixo espacial

A Organização das Nações Unidas (ONU) mantém um registro de todos os objetos espaciais. No caso do Brasil, o registro desses  objetos é gerido pela AEB. O decreto n. 71.989, de 26 de março de 1973, promulgou o Acordo sobre Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos Lançados ao Espaço Cósmico.

Segundo o artigo 5 do decreto, em caso de identificação de um determinado artefato espacial que tenha retornado à Terra em território brasileiro, esse deve ser enviado de volta ao país que realizou o lançamento.