Criador do robô ELI (sigla para Enhanced Legal Intelligence, ou inteligência jurídica aprimorada), o advogado e mestre em antropologia Antônio Maia se especializou no desenvolvimento de tecnologias para o que chama de “Advocacia de Massa”. A partir da fundação da empresa Tikaltech, ele resolveu usar seu conhecimento e recursos para promover a disrupção do acesso à Justiça, criando um aplicativo para as pessoas comuns ingressarem de forma autônoma nos meandros do complexo sistema judicial brasileiro. Esse modelo de construção de cidadania “do-it-yourself” já está consagrado em vários países, e a tecnologia finalmente permite que seja eficiente e de baixíssimo custo para o cidadão. Foi nesse contexto que surgiu o Loit FGTS, ferramenta que ajuda as pessoas a entender e buscar seus direitos relativos à correção dos saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

O tema está na ordem do dia, uma vez que o Supremo Tribunal Federal agendou para 13 de maio o julgamento da ADI 5090, que trata da inconstitucionalidade do índice de correção monetária adotado para as contas do FGTS. Segundo Maia, milhões de trabalhadores brasileiros poderiam pleitear a correção de seus saldos, até mesmo quem já sacou o recurso. É sobre esse tema que ele conversa com o jornalista Celso Masson, diretor de núcleo da DINHEIRO, na live desta quinta-feira (6), às 17h.