Apesar do complicado contexto econômico social que o Brasil vive devido à pandemia da Covid-19, o agronegócio brasileiro vem voando em céu de brigadeiro. De acordo com o IBGE, a participação do setor no PIB passou de 20,5% (2019) para 26,6% (2020). Para 2021, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estima que a agropecuária avance mais 2,5% no PIB, apoiada em nova safra recorde de grãos, estimada em 268,3 milhões de toneladas, e de um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 1 trilhão.

Apesar de estimativas tão promissoras, o campo enfrentará grandes desafios. Destaque para a pressão crescente da sociedade e das instituições fornecedoras de crédito para a conformidade da produção de commodities aos princípios ESG. O acrônimo para Ambiental, Social e de Governança passou a ser uma ferramenta fundamental dos bancos, fundos de investimento e mercados compradores para análise de riscos associadas à decisão de fechamento de contratos.

Para o agro, a notícia preocupa na medida em que a indústria está diretamente associada a atividades apontadas como as responsáveis pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa do País. Dentre elas, o desmatamento e o uso da terra. Sem uma narrativa forte no mercado internacional em defesa dos modelos de produção nacional, a União Europeia já usa questões ambientais como barreiras não tarifárias.

Para discutir desafios e oportunidades para a agroindústria, Lana Pinheiro, editora da Dinheiro Rural, entrevista o ex-ministro da Agricultura, embaixador especial da FAO para o cooperativismo e coordenador da FGV, Roberto Rodrigues. O encontro será ao vivo, em live transmitida nos canais sociais da Istoé Dinheiro, na quinta-feira, 18 de março, às 17h.