Alguns livros podem ajudar a mente humana a desbloquear padrões e ajudar na resolução original de problemas complexos inclusive no trabalho. É o que diz o pesquisador da Universidade Estadual de Ohio Angus Fletcher. 

Em seu livro recém lançados nos Estados Unidos  “Wonderworks: As 25 Invenções Mais Poderosas na História da Literatura”, em tradução livre, Fletcher lista como escritores clássicos como William Shakespeare, Homero e Jane Austin, com narrativas fictícias, conseguiram desenvolver novas tecnologias que podem ser vistas como um avanço neurocientífico.  

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Com formação em neurociência e doutorado em literatura, Fletcher explica que a ciência da história, área em que atua, busca encontrar o equilíbrio entre a precisão da ciência e a complexidade sutil da literatura. O pesquisador também atuou como consultor em estúdios de Hollywood para ajudar na criação de histórias que despertem mais esperança e empatia dos telespectadores.   

Muitas dessas invenções desenvolvidas pela literatura podem ser cientificamente comprovadas para aliviar a dor, o trauma, a solidão, a ansiedade, a dormência, a depressão, o pessimismo e o tédio, enquanto despertam criatividade, coragem, amor, empatia, esperança, alegria e mudanças positivas. 

De acordo com a obra, esses avanços podem ser encontrados em toda a literatura, desde as antigas letras chinesas até peças de Shakespeare, da poesia a rimas infantis e contos de fadas, de romances policiais à narrativas de escravos. 

O livro foi formalmente endossado pelo corpo docente de medicina e humanidades de Yale, Stanford, Oxford e Cambridge, e foi descrito pelo Dr. Martin Seligman, professor de psicologia da Universidade da Pensilvânia, como o trabalho de um polímata com profundo conhecimento da literatura mundial e da psicologia moderna e neurociência.