Eram 5h30 da madrugada, na cidade de Xiamen, na China, quando o presidente Michel Temer foi avisado que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, daria uma coletiva de imprensa para falar sobre as delações da JBS. Temer, que participava da reunião dos Brics, grudou o rosto no computador e permaneceu acompanhando, ao vivo, pela internet. Quando Janot terminou de falar, o celular do presidente começou a apitar e um séquito de deputados que acompanha a comitiva passou a bater na porta do quarto para cumprimentá-lo. Politicamente, não há dúvida de que Temer saiu fortalecido.

(Nota publicada na Edição 1035 da Revista Dinheiro)