Após a formação dos blocos partidários, a divisão dos cargos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados foi definida em reunião de líderes realizada na tarde de hoje (2). Pelo regimento interno da Casa, a distribuição das vagas é feita de forma proporcional às bancadas e aos blocos partidários.

O bloco comandado pelo PMDB ficará com todos os seis cargos titulares da Mesa, com exceção da presidência, cuja definição ocorrerá amanhã (3) durante a votação. Formado por 13 partidos (PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PTdoB), que somam 359 deputados, o bloco apoia o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenatará ser reconduzido ao cargo.

Caberá ao PMDB indicar o candidato à primeira vice-presidência. O partido ainda não definiu um nome. Ontem (1º), disputaram a indicação da bancada, os deputados Lúcio Veira Lima (BA) e José Priante (PA). Na votação, cada um obteve 28 votos, adiando a decisão. A expectativa é que a questão seja resolvida ainda nessa quarta-feira. A segunda vice-presidência ficou com o PP, que ainda não definiu o indicado.

A primeira secretaria, cargo considerado o mais importante depois da presidência por cuidar da administração da Casa, será comandado por um parlamentar do PR, partido com a quinta maior bancada da Câmara, com 39 deputados. Na sequência, caberá ao PSDB, com 47 deputados, indicar quem ocupará a segunda secretaria. O PSB ficará com a terceira e o PSD indicará o ocupante da quarta secretaria.

A primeira suplência ficará com o PT. O partido, que tem a segunda maior bancada da Câmara, com 57 deputados, pleiteava uma vaga na Mesa com o argumento da proporcionalidade das bancadas. Juntamente com o PDT e o PCdoB, o partido formou um bloco totalizando 90 parlamentares na tentativa de conseguir um cargo na Mesa. O pedetista André Figueiredo (CE) é o candidato do bloco à presidência da Câmara. Caberá ao seu partido indicar quem ficará na segunda suplência. PRB e PT completam as suplências das secretarias.