O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, disse nesta quinta-feira que exigiu a renúncia de uma dirigente do partido de oposição por compartilhar nas mídias sociais um artigo acusado de antissemitismo, uma questão que persegue o Partido Trabalhista.

“Starmer pediu a Rebecca Long-Bailey que renunciasse do gabinete trabalhista”, onde ela é responsável por temas educacionais, disse um porta-voz do líder da oposição.

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“O artigo que Rebecca compartilhou hoje continha uma teoria da conspiração antissemita”, acrescentou.

O responsável, que concorreu com Starmer para liderar o partido após a renúncia de Jeremy Corbyn, retuitou uma entrevista com a atriz britânica Maxine Peake no jornal The Independent.

Peake afirmou que a técnica de policiais dos EUA de pressionar com o joelho o pescoço de um detento, como um policial branco fez com o americano negro George Floyd em maio, matando-o, “foi aprendida em seminários com o serviço secreto israelense”, algo que a polícia israelense negou, segundo o artigo.

O centrista Starmer, eleito em abril como chefe do Partido Trabalhista, prometeu “erradicar o veneno” do antissemitismo dentro do partido, que é regularmente criticado por sua inação nessa questão.

Assim, ele se distinguiu claramente de seu antecessor Corbyn, que alguns consideravam complacente demais com esse assunto.

Long-Bailey se defendeu no Twitter, dizendo que compartilhou o artigo porque se concentrava na “revolta pelo tratamento da atual emergência (sanitária) pelo governo conservador” britânico.

“De nenhuma maneira meu retuite significou a intenção de apoiar todas as partes do artigo”, acrescentou.

Em uma declaração, o grupo antissemitismo trabalhista chamou a decisão de Long-Bailey de publicar o artigo “inaceitável”.