O suposto líder do grupo Estado Islâmico (EI) nas Filipinas, Isnilon Hapilon, teria abandonado a região de Marawi (sul), a cidade onde há cinco semanas as forças militares enfrentam os jihadistas, informou o exército neste sábado.

No mês passado, o exército iniciou uma operação para encontrar Hapilon, que também dirige o grupo Abu Sayyaf e é um dos homens mais procurados pelos Estados Unidos.

Mas o comandante do exército na região, general Carlito Galvez, afirmou que o Hapilon não foi visto nos combates de Marawi.

Os militares receberam informações sobre uma fuga, mas ainda estão tentando confirmar a notícia.

Em 23 de maio, centenas de combatentes que alegavam pertencer ao EI assumiram o controle de vários bairros de Marawi, a principal cidade muçulmana das Filipinas, país de maioria católica.

O general Galvez afirmou que mais da metade dos membros do grupo insurgente morreram ou ficaram feridos na batalha.

A maioria dos 200.000 habitantes fugiu da cidade em maio, quando os extremistas invadiram a cidade e hastearam a bandeira do EI.

Mas os combates prosseguem em Marawi e os soldados avançam casa por casa.

Quase 300 combatentes islamitas e 67 militares morreram desde o início dos combates em 23 de maio, de acordo com um balanço oficial.

Analistas acreditam que Isnilon Hapilon estaria tentando unificar os grupos filipinos que juraram fidelidade ao EI, como o grupo dos irmãos Maute, considerados os líderes dos combates em Marawi.

De acordo com o general filipino há “fortes indícios” que dois dos três irmãos, incluindo Omarkhayam, o líder do grupo, morreram nos confrontos. O terceiro Abdullah, foi localizado na região.

Hapilon dirige uma facção do grupo Abu Sayyaf, baseado na ilha filipina de Mindanao, e que também jurou fidelidade ao EI.

O Abu Sayyaf sequestrou centenas de filipinos e estrangeiros desde os anos 1990 em troca de resgates.

No início da insurreição de Marawi, o presidente filipino Rodrigo Duterte declarou lei marcial em toda região sul do país.