A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu nesta quarta-feira para o “custo da inação” na luta contra as mudanças climáticas, ao apresentar seu “Pacto Verde”, a “nova estratégia de crescimento” para o bloco.

“Alguns dizem que o custo dessa transformação [verde] é muito alto. Nunca devemos esquecer qual seria o custo da inação”, disse Von der Leyen à Eurocâmara, usando desastres naturais como secas e inundações como exemplo.

A chefe do executivo da comunidade escolheu a Eurocâmara do em Bruxelas para apresentar uma de suas prioridades para os próximos anos, semanas depois que os eurodeputados declararam a “emergência climática”.

O principal objetivo é alcançar a neutralidade de carbono na União Europeia (UE) até 2050 através da criação de um método para absorver a redução das emissões de CO2, mas os planos, se avançarem, dependerão de cada país, visto que o bloco abriga realidades distintas.

As ações previstas neste “Acordo Verde” para combater as mudanças climáticas abrangem, assim, áreas como transporte, energia, poluição, agricultura, indústria e modos de consumo, entre outras.

Para enfrentar a resistência em vários países como Polônia ou Hungria, mais dependentes de combustíveis fósseis como carbono, Von der Leyen propôs a criação de um “mecanismo de transição justo” para mobilizar até 100 bilhões de euros.

O primeiro passo deste pacto verde será a apresentação de uma lei, antes de março de 2020, confirmando o objetivo de tornar a UE o “primeiro continente neutro” até 2050.