O dólar operou sem sinal único ante moedas rivais nesta quinta-feira, 11, sem grande impulso nos Estados Unidos e com o euro se valorizando perante a moeda americana em parte da sessão, mas libra e iene se enfraquecendo. A divisa britânica registrou uma pausa na tendência recente de alta ante o dólar na véspera da divulgação do Produto interno Bruto (PIB) do Reino Unido para o 4º trimestre de 2020, enquanto a moeda japonesa reflete o feriado de ano-novo que mantém os mercados locais fechados. O dólar ainda reagiu à perspectiva de estímulos fiscais nos EUA, após fraca recuperação do número de pedidos de auxílio-desemprego no país.

O índice DXY, que mede o dólar frente seis moedas de economias desenvolvidas, fechou em leve alta, de 0,05%, aos 90,417 pontos, após acumular quatro sessões seguidas de quedas. A valorização do euro, principal componente do índice, cotado a US$ 1,2139 no fim da tarde em Nova York, e a fraqueza do iene, com o dólar cotado a 104,72 ienes no mesmo horário, puxaram em boa parte a movimentação do DXY.

Já a libra esterlina depreciava a US$ 1,3821 perto do fechamento dos mercados em NY, com o mercado à espera do PIB para o 4º trimestre do Reino Unido. De acordo com a Western Union, em relatório enviado a clientes, é esperado que a ressurgência da pandemia de covid-19 no país e as restrições aplicadas no fim do ano passado pesem sobre os resultados que sairão amanhã. “Dados desanimadores, porém, podem ser suficientes apenas para desacelerar momentaneamente o aumento da libra, dado o otimismo trazido pelo relativo sucesso do programa de vacinação no Reino Unido”, conclui a casa.

Nos Estados Unidos, a recuperação abaixo do previsto por analistas dos pedidos de auxílio-desemprego ajudaram a aumentar a pressão por uma nova rodada de estímulos, o que pressiona o dólar. A presidente da Câmara dos Representantes do país, Nancy Pelosi, disse ter esperança de que a proposta do pacote fiscal poderá passar pela sanção do presidente Joe Biden em meados de março. Ela também afirmou que o projeto contará com o aumento do salário mínimo de US$ 7,50 para US$ 15 a hora, alimentando as expectativas por alta inflacionária.

Entre moedas emergentes, o peso mexicano reagiu ao corte da taxa de juros promovido pelo banco central do país, o Banxico. Para a Capital Economics, a decisão indica uma postura mais “dovish” do que o previsto. O dólar recuava a 19,9486 pesos mexicanos perto do fim das negociações em NY, ante cotação de 20,0692 pesos no fim da tarde de ontem.