Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou nesta segunda-feira que o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), se manifeste em até cinco dias sobre o adiamento da oitiva do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), no colegiado.

Barros apresentou mandado de segurança ao STF na semana passada para que a CPI mantivesse o seu depoimento em 8 de julho, como estava previsto. Para o parlamentar, o adiamento de sua oitiva sem definição de uma nova data o impede de se defender de denúncias que o relacionam a supostas irregularidades em aquisição de vacinas contra a Covid-19.

“Antes de apreciar o pedido liminar, manifeste-se previamente a autoridade impetrada no prazo de 5 dias”, determinou o ministro do Supremo no despacho.

Barros foi citado em depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e também em denúncias publicadas pela mídia sobre supostas irregularidades na aquisição de vacinas contra a covid-19. Ele iria depor à CPI na quinta-feira, mas recebeu ofício de Aziz comunicando o adiamento e informando que uma nova data seria definida.

“Alego que estou sendo impedido de exercer minha ampla defesa por abuso de poder da CPI que ataca minha honra indevidamente”, disse o deputado em publicação no Twitter na sexta-feira.

O pedido encaminhado ao STF argumenta que o líder do governo “tem buscado, desde a primeira acusação, demonstrar que está à disposição e, mais do que isso, que possui vontade de depor, prestar esclarecimentos”.

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