Qual a estratégia dos fundos da Urca?
Somos uma gestora focada em fundos imobiliários. Formalmente, nosso fundo, que entrou recentemente no índice Ifix, é um fundo de recebíveis imobiliários. Ele financia o desenvolvimento de projetos e, em troca, participa dos resultados das vendas desses imóveis. O portfólio é vasto: atuamos com loteamentos, condomínios residenciais horizontais e verticais e imóveis multipropriedade. Agora, estamos avaliando a viabilidade de lançar novos produtos.

Quais serão os próximos lançamentos?
Ainda estamos estudando, por isso não temos muitos detalhes. Estamos avaliando lançar mais dois fundos imobiliários até o fim deste ano Um deles poderá ser dedicado a ativos que ainda não geram um fluxo de pagamentos. Ele vai investir em empreendimentos que ainda não chegaram à fase de vendas.

Como obter rentabilidade nessa situação?
Por meio de uma estrutura de dívida denominada mezanino. São debêntures, que podem ser conversíveis ou não. Elas vão pagar juros e podem proporcionar também um ganho de capital se o negócio for bem-sucedido. A vantagem dessa estratégia é que ela proporciona mais flexibilidade. O fundo estará dedicado a imóveis residenciais, mas somos agnósticos quanto à localização. E podemos ter edifícios, loteamentos e imóveis com a característica de multipropriedade.

E o outro produto que vocês estão estudando?
É um fundo de rendimento imobiliário voltado para o mercado americano. Não é o fundo habitual que investe em propriedades para brasileiros. O objetivo é comprar imóveis nos Estados Unidos que tenham um bom potencial de locação, seja por americanos ou pessoas de outras nacionalidades. O objetivo é gerar uma renda estável e em dólares.

Qual sua formação?
Sou engenheiro pelo Instituto Militar de Engenharia, e também sou oficial do Exército. Cheguei à patente de 1º tenente. Aos 25 anos dei baixa e comecei a empreender. Fundei a Urca para trabalhar com fusões e aquisições e com finanças corporativas, em especial reestruturação de dívidas. Posteriormente trabalhei com private equity e administrei recursos de um single family office.

BB REDUZ TAXA DE ETF DE IBOVESPA

O Banco do Brasil reduziu a taxa de administração do seu Exchange Traded Fund (ETF) de Ibovespa para 0,02% ao ano. Atualmente, gestores de produtos com esse perfil, que reproduzem o Ibovespa, cobram taxas de 0,03% a 0,50% ao ano. Ao baixar a taxa, a BB DTVM, empresa de gestão de recursos vinculada ao banco estatal, pretende crescer no mercado de fundos passivos. Esse é o segmento que mais atrai investidores devido às taxas reduzidas. O ETF do BB foi lançado no início de 2020.

MULTIGESTOR DO ITAÚ CAPTA R$ 1 BILHÃO

O fundo Multi Global Equities do Itaú Unibanco captou R$ 1 bilhão. Ele é um fundo de fundos que destina recursos a produtos de 11 gestores internacionais, como BlackRock, Morgan Stanley, Vanguard e Wellington, cujas participações são balanceadas periodicamente. A estratégia é investir fora do Brasil. Em agosto, o patrimônio do fundo dedicava 40,9% dos recursos a ativos americanos, 15,3% a ações de empresas europeias, 39,6% em outros ativos globais e o restante estava em caixa.

GIANT STEPS APOSTA NA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A gestora independente Giant Steps lançou um fundo de ações brasileiras que usa critérios de inteligência artificial para definir a estratégia de gestão. Denominado Hanabi, o fundo acompanhia 140 indicadores, nem todos são relacionados diretamente ao mercado financeiro. A estratégia considera dados como o tráfego nas redes sociais e as compras no comércio eletrônico para ampliar o escopo de análise. Criado há um ano, o fundo agora está aberto a captações. A aplicação mínima é de R$ 1 mil.

EM ALTA
9,2% 

Foi o aumento dos pedidos de recuperação judicial na média móvel trimestral terminada em agosto, segundo a empresa de informações financeiras Boa Vista. As falências decretadas subiram 2,1% e as recuperações deferidas caíram 6,7%. Já os pedidos de falência recuaram 8% no período. No entanto, no acumulado em 12 meses, os pedidos de recuperação e de falência caíram. As recuperações judiciais deferidas caíram 23,9%. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial diminuíram 22,2%.

EM BAIXA
0,58% 

Foi a queda do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) na segunda prévia de setembro, informou a Fundação Getulio Vargas na segunda-feira (20). O indicador utilizado no reajuste dos contratos de aluguel e nos preços de matérias-primas recuou pela primeira vez nos últimos 12 meses. Foi a segunda prévia com variação negativa. O porcentual indica a tendência do índice, que deve ser fechado até a divulgação em 29 de setembro. A deflação foi apresentada depois de uma inflação de 0,96% no mesmo período de agosto.