O dólar não teve alívio com a venda de US$ 1,6 bilhão em leilão de linha de rolagem parcial e até voltou a operar mais forte, na casa dos R$ 5,52 depois da operação. O diretor da Wagner Investimentos, José Raymundo Faria Júnior, diz que a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na troca de comando da Petrobras e possivelmente mudanças em outras empresas públicas agravam a percepção dos investidores locais e estrangeiros sobre Brasil em um dia que seria de pressão aqui por causa da queda das Bolsas em Nova York com alta simultânea dos juros longos das Treasuries e do dólar ante pares emergentes do real.

“A Bolsa cai puxada por ações de estatais, principalmente do setor elétrico, mencionado por Bolsonaro”, afirma a fonte.

Para ele, não é o fim do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo, mas é um revés para a equipe econômica e é o projeto de reeleição do presidente que está sendo tocado, são medidas populistas. “Os preços administrados do governo são ligados a dólar e, com ameaças de intervenção em estatais, a situação piora com a alta do dólar, além dos níveis baixos dos reservatório”, comenta.

Às 10h42, o dólar à vista desacelerava e subia 2,42%, a R$ 5,5157. O dólar para março ganhava 2,45%, a R$ 5,5165.