O Governo Federal teria utilizado o edital do leilão do 5G para beneficiar setores “aliados”, diz reportagem da Folha de S.Paulo.

As contrapartidas de investimentos atenderiam, principalmente, a militares, agricultores e caminhoneiros. Esses grupos vão contar com políticas públicas.

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No edital aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em fevereiro, os investimentos serão abatidos dos preços das concessões, avaliadas em R$ 35 bilhões. Todas as contrapartidas giram em R$ 32 bilhões.

De acordo com a reportagem da Folha, a União deve receber até R$ 3,5 bilhões pelas licenças. O restante deverá ser investido em obrigações atreladas a cada faixa de frequência adquirida.

Os militares, por exemplo, teriam a construção de uma rede privativa para o governo federal com um custo de R$ 1 bilhão, além de recursos para a região Norte com o intuito de otimizar a comunicação das Forças Armadas.

Os agricultores seriam beneficiados com redes que atendam os grandes produtores, na busca de conexão de máquinas e equipamentos.

Caminhoneiros teriam uma cobertura de mais de 48 mil km nas rodovias, começando pelas seis principais BRs: 163, 364, 242, 135, 101 e 116.