Por Alicia Powell

NOVA YORK (Reuters) – Os maiores musicais da Broadway retornaram aos palcos na noite de terça-feira, encerrando o silêncio incômodo dos últimos 18 meses provocado pela pandemia de Covid-19 no bairro de teatros nova-iorquino com gritos, lágrimas e aplausos de pé.

As emoções ficaram à flor da pele quando a cortina voltou a se erguer para os musicais de sucesso “Hamilton”, “O Rei Leão” e “Wicked”, e plateias lotadas saudaram o teatro ao vivo depois das quarentenas e lockdowns do coronavírus.

Lin-Manuel Miranda, criador de “Hamilton”, foi aplaudido de pé ao aparecer no palco antes do início do espetáculo de hip-hop sobre os pais fundadores da América, que é ganhador do prêmio Tony.

“Nunca mais quero diminuir o valor do teatro ao vivo, e vocês? É tão sagrado”, disse Miranda, comovido. “Sou muito grato a vocês, e espero que vocês assistam tantos shows quanto puderem e continuem apoiando o setor”.

A alguns quarteirões de distância, Kristin Chenoweth fez uma aparição inesperada antes do início de “Wicked”, no qual deu origem ao papel de Glinda cerca de 20 anos atrás.

“Não há lugar como o lar”, disse Chenoweth ao som de aplausos e lágrimas. “Quero estar aqui para dar as boas-vindas a Nova York e a todos os frequentadores de teatro àquele que é meu espetáculo favorito”.

Julie Taymor, diretora de “O Rei Leão”, começou a apresentação dizendo ao público: “Como diz Rafiki, está na hora”. O longevo musical “Chicago” também reabriu com muitos aplausos depois de cada canção.

“Não achei que seria tão comovente, mas você realmente sente tudo de uma maneira diferente voltando. Voltar à Broadway foi maravilhoso”, disse Richard Saenz, que estava na plateia para ver “O Rei Leão”.

A Broadway foi uma das primeiras instituições a fechar quando a pandemia chegou aos Estados Unidos, em meados de março de 2020, e a ultima a reabrir no país.

(Por Alicia Powell e Jill Serjeant)

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