A Kodak foi lançada ao céu nas últimas semanas com o anúncio de que receberia US$ 765 milhões do governo norte-americano para criar uma divisão farmacêutica responsável pela produção de compostos essenciais em momentos de pandemia. No final de julho as ações subiram mais de 2.700%, mas começaram a cair após uma investigação sobre movimentações ilegais na bolsa.

Com a SEC (o equivalente a Comissão de Valores Mobiliários brasileira) investigando a Kodak, os papéis da companhia fecharam o pregão desta segunda-feira (10) em queda de 27,89%, cotado a US$ 10,73. Vale lembrar que durante o rali de valorização das ações nas últimas duas semanas, os papéis chegaram a ser negociados por quase US$ 50.

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A notícia da investigação não foi boa para a Kodak, já que o órgão responsável por analisar os financiamentos de empresas privadas nos EUA suspendeu o repasse dos US$ 765 milhões que seriam repassados à emblemática marca de máquinas fotográficas e filmes analógicos. A suspensão deve permanecer até que as investigações sejam concluídas.

Um dos pontos da investigação contra a empresa avalia se o presidente da empresa, Jim Contienza, teria operado de forma duvidosa no mercado antes do anúncio oficial do empréstimo do governo dos Estados Unidos. As ações subiram 25% um dia antes da assinatura do contrato e a empresa alega que foi o jornal The Wall Street Journal quem antecipou o anúncio da medida.

Às 12h24 desta terça-feira (11) as ações da empresa eram negociadas a US$ 10,37 em queda de 3%.

Neste gráfico é possível ver a escala nos papéis da Kodak do dia 27 de julho até a manhã desta terça-feira (11)
Neste gráfico é possível ver a escala nos papéis da Kodak do dia 27 de julho até a manhã desta terça-feira (11) (Crédito:TradingView)