A Comissão de Valores Imobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos está investigando a Kodak após o ressurgimento assombroso da empresa na semana passada, quando o governo Donald Trump anunciou um investimento de US$ 765 milhões na construção da divisão farmacêutica do grupo.

As ações da companhia cresceram em um ritmo assustador de um dia para o outro e tiveram valorização de 2.757% em menos de 4 dias. Segundo o Business Insider, um dos pontos da investigação indicam que o presidente da Kodak, Jim Contienza, teria operado de forma duvidosa no mercado acionário pouco antes do anúncio com o governo norte-americano.

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A companhia fez o anúncio da parceria com o governo Trump um dia antes da assinatura oficial do contrato e formalizar o dinheiro que ainda será recebido e elevou os papéis da empresa a uma rápida valorização de 25%. A empresa se defende alegando que o The Wall Street Journal, responsável por veicular a notícia da Kodak Pharmaceuticals, teria furado um período de embargo para a publicação da história.

A nova divisão da Kodak produzirá componentes farmacêuticos que foram identificados como essenciais, mas se tornaram escassos nesta pandemia. Embora os americanos consumam aproximadamente 40% do suprimento mundial de componentes a granel usados ​​para produzir produtos farmacêuticos genéricos, apenas 10% desses materiais são fabricados nos Estados Unidos.

Estariam no bojo dessa produção, além da hidroxicloroquina – que é a preferida de Trump e tem sido usada por alguns médicos para tratamento em estágios iniciais da covid-19 –, ingredientes para medicamentos genéricos.

Essas investigações ainda estão em estágio inicial e, neste momento, não podem produzir qualquer tipo de alegação contra a empresa.