SÃO PAULO (Reuters) -A produtora de embalagens e celulose Klabin anunciou nesta sexta-feira assinatura de acordo para a venda de 8 mil hectares de floresta, em um negócio de 230 milhões de reais, segundo comunicado enviado ao mercado.

A área equivale a 3,2 milhões de metros cúbicos de madeira “em pé” e a empresa afirmou que junto com o termo de venda assinou um acordo de opção de recompra de até 2,2 milhões de metros cúbicos. O acordo de recompra é válido até 2036.

Até recentemente, as empresas de celulose vinham buscando ampliar suas áreas florestais de modo a atender as capacidades adicionais de produção do produto e de papel que construíram ao longo dos últimos anos.

“A operação está alinhada à estratégia de abastecimento florestal da Klabin e reforça sua diligente gestão de ativos, do custo de madeira e eficiente alocação de capital”, afirmou a companhia no comunicado.

A companhia afirmou em apresentação ao mercado que a operação inclui apenas as florestas, sem envolver as terras, e que as áreas vendidas foram compradas no contexto de abastecimento da primeira fase de sua fábrica de celulose e papel em Ortigueira (PR), conhecida como “Puma II”. Segundo a Klabin, como a empresa comprou florestas mais próximas de suas fábricas, a operação permite “otimização de ativos”.

As florestas foram compradas entre o final de 2019 e meados deste ano, segundo apresentação. “O avanço das aquisições para abastecimento de madeira no Paraná permite a venda destes ativos”, afirmou a Klabin na apresentação.

Segundo a empresa, o negócio vai permitir redução de custos porque as florestas vendidas estão mais afastadas do maciço florestal “que a média da Klabin”, de cerca de 84 quilômetros. A transação também possibilitará monetização antecipada de madeira que seria vendida somente no momento da colheita.

O preço combinado para a opção de recompra “segue valor de mercado, com teto e piso, definidos em contrato”, afirmou a Klabin na apresentação, sem citar para quem vendeu os ativos e firmou a opção de recompra.

Às 10:12, as units da Klabin caíam 0,88%, a 20,39 reais.

(Por Alberto Alerigi Jr.; edição Paula Arend Laier)

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