A Kepler Weber, líder no mercado de sistemas de armazenagem, registrou lucro líquido de R$ 28,7 milhões no quarto trimestre de 2018, em comparação com prejuízo líquido de R$ 19,4 milhões em igual período de 2017. A margem líquida do trimestre atingiu 14,8%, informa a empresa, em relatório trimestral, divulgado na quarta-feira, 20.

Segundo a empresa, a receita líquida atingiu R$ 194,0 milhões no quarto trimestre de 2018, aumento de 11,3% em relação ao mesmo trimestre de 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia somou R$ 43,2 milhões no quarto trimestre de 2018, em comparação com R$ 8,6 milhões negativos no quarto trimestre de 2017.

A margem Ebitda do trimestre foi de 22,3%. “Mesmo num cenário ainda adverso, a melhora do Ebitda é reflexo das ações da companhia na redução constante dos seus custos e na recuperação das margens de venda”, informou a empresa.

Em 2018, o lucro líquido foi de R$ 8,3 milhões, em relação a um prejuízo líquido de R$ 34,3 milhões em 2017. A margem líquida foi de 1,4% em 2018. Em 2018, a receita líquida totalizou R$ 576,3 milhões, 0,4% menor do que em 2017. No ano passado, o Ebitda foi de R$ 48,4 milhões, frente os R$ 12,7 milhões negativos de 2017, enquanto a margem do ano de 2018 foi de 8,4%.

No relatório, a Kepler Weber explica que o resultado de 2018 foi obtido “por meio de um rigoroso controle de despesas, pela otimização e redução de custos e pelo reposicionamento de preços pela companhia”.

A Kepler Weber comenta que está desenvolvendo projetos estratégicos relacionados às suas áreas de atuação. No segmento de Movimentação de Granéis Sólidos (MGS) retomou o foco em granéis vegetais e fertilizantes. Em Reposição e Serviços (R&S) ampliou a rede de cobertura para 4 centros de distribuição regionais, facilitando o acesso dos clientes às peças de reposição, com a agilidade necessária durante a safra. Na Exportação, mantém a estratégia de aproximação dos clientes, por meio de uma base em Bogotá, cobrindo a Colômbia e países vizinhos. Já no segmento de Mercado Interno, trabalha para demonstrar aos produtores a importância da armazenagem como estratégia para aumentar a rentabilidade do seu negócio, ampliando a demanda por novas unidades armazenadoras.

A empresa cita, ainda, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os quais mostram que o aumento da produção de grãos não tem sido acompanhado pela expansão da rede armazenadora, ampliando o déficit de armazenagem no Brasil, que já atinge 72 milhões de toneladas.

Em relação aos custos, a companhia relata que enfrentou um ano desafiador, tanto pelo aumento expressivo dos preços do aço e seus reflexos na cadeia de suprimentos, quanto pelo tabelamento dos preços de fretes pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).