Tony, o simpático tigre que vende milhões de pacotes de cereais Kellogg?s nos quatro cantos do mundo, decidiu encarar nova aventura. Desta vez, o felino da empresa saltará das embalagens de sucrilhos para estampar bicicletas, roupas, jogos, livros, artigos para festas, alimentos e o que mais a indústria de bens de consumo inventar. Sim, a ?fera? da Kellog?s ataca agora no rentável mundo do licenciamento. É um programa que teve início em junho de 2000, nos EUA, e que começa a dar frutos em outros países. Primeira parada: Brasil. Em parceria com a empresa BMI (Banco de Marcas e Idéias) a filial da Kellogg?s inicia este mês os contatos com fabricantes locais para inundar o varejo com produtos do time de Tony (são ao todo sete personagens). As novidades chegarão ao mercado em 2003.

A Kellog?s guarda como um ?tigre? as cifras do novo negócio. Não revela investimentos tampouco faz projeções de receitas. ?A meta da empresa é agregar valor à marca?, desconversa Alexandre
Langer, executivo da parceira BMI. É mais que isso. As receitas
com royalties das vendas de produtos devem engordar bem os cofres da multinacional. Nos EUA, estima-se que as atividades com licenciamento ? somente na indústria de alimentação ? movimentem US$ 12 bilhões anuais. Qualquer ponto porcentual de participação neste nicho representa milhões de dólares para o licenciador.
De acordo com Langer, ainda não há nenhum contrato fechado
com fabricantes brasileiros e também não é possível estimar a quantidade de empresas aptas a trabalhar com a marca. O que
se sabe é que a Kellogg?s vai aproveitar sua força junto ao varejo para divulgar as novidades. Já está em estudo também a distribuição de produtos por meio de lojas de conveniência e internet. A
turma de Tony está faminta.