A justiça internacional definirá no dia 20 de março o recurso feito pelo ex-líder político sérvio-bósnio Radovan Karadzic, que foi condenado em primeira instância a 40 anos de prisão por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra por seu papel durante a guerra Bósnia (1992-1995).

“A corte de apelação (…) planejou pronunciar sua decisão no caso de Radovan Karadzic na quarta-feira, 20 de março”, anunciou o mecanismo para os tribunais penais internacionais da ONU, com sede em Haia.

Em 2016, o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) condenou Karadzic a 40 anos de prisão.

O ex-presidente da entidade dos Sérvios do país, Republika Srpska, foi condenado por seu envolvimento no massacre de Srebrenica e o site de Sarajevo e pelo deslocamento de população por motivos étnicos.

Após a morte, durante seu julgamento, do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic, Karadzic se tornar o maior responsável político a prestar contas por esta guerra que deixou mais de 100.000 mortos e 2,2 milhões de deslocados entre 1992 e 1995.

Karadzic foi sempre considerado como um “herói” pelos seus. Apelou sobre 50 pontos sua condenação. A acusação também apelou da decisão de primeira instância, considerado muito clemente.

Em seu veredito, o TPII considerou que o acusado à frente de “estruturas militares, políticas e governamentais” dos sérvios da Bósnia, havia tentado dividir ao país.