A Justiça chinesa condenou 21 pessoas, nesta quinta-feira (7), incluindo bombeiros e membros do governo, por causa de um incêndio em uma casa de repouso que matou dezenas de idosos em 2015 – anunciou a agência de notícias Xinhua.

O incêndio, que matou 38 pessoas na casa de repouso particular localizada na área central da província de Henan, gerou reflexão na população chinesa, já que comumente a execução de procedimentos de segurança é negligenciada.

Três tribunais emitiram ordens de prisão para os 21 acusados, incluindo o representante legal da casa de repouso Kangleyuan. Ele foi sentenciado a nove anos de prisão por construção de um anexo ilegal em um espaço da propriedade, comunicou a agência.

O empreiteiro responsável pela construção, que utilizou materiais inflamáveis no anexo onde o incêndio ocorreu, recebeu pena de seis anos e meio. Outros réus, como bombeiros, funcionários do governo e diretores da casa de repouso, receberam sentenças que variaram de 30 meses a oito anos, acrescentou a Xinhua.

Nos dias que se seguiram ao acidente, a entidade chinesa oficial de regulação declarou que a instalação não tinha saídas de emergência suficientes. Além disso, os testes de segurança, fogo, supervisão elétrica e eficácia do sistema emergencial possuíam irregularidades.

Incêndios mortais são comuns na China, onde regulações de segurança são altamente desprezadas. Alguns empresários, ou proprietários, pagam propina para entidades reguladoras na tentativa de que ignorem prováveis irregularidades.