O mercado de juros acompanha a recuperação global, após o nervosismo de ontem, e as taxas recuam, em sintonia com o dólar ante o real. Além disso, a ata do Copom divulgada há pouco reforçou a percepção de que há espaço para a Selic cair mais 0,50 ponto porcentual em setembro, como no comunicado, embora esse documento pese menos hoje no movimento dos juros do que o exterior, segundo operadores de renda fixa. “O BC deixa explícito na ata que deve cortar juro em mais 0,5000 em setembro”, avalia o economista-chefe da Quantitas Asset, Ivo Chermont, em entrevista mais cedo ao Broadcast. “A piora da guerra comercial não invalida espaço para novos cortes da Selic”, explica. O documento, no entanto, não deu pistas sobre o ciclo total de cortes, segundo ele.

Às 9h13, a taxa do contrato interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 marcava 5,52%, na mínima, de 5,56% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 exibia 5,53%, de 5,56%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 6,46%, de 6,54% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 exibia 6,97%, de 7,05% on ajuste de ontem.

Juro futuro

Pela terceira sessão consecutiva, os investidores estrangeiros no mercado de juro futuro reduziram as posições líquidas compradas em taxas/vendidas em PU (aposta na alta da taxa), que passaram para 1.498.973 contratos em aberto, de 1.606.368, uma redução de 107.395. Os dados são da B3.

Os investidores locais também diminuíram as posições líquidas vendidas em taxa, em 153.146 para 3.630.732 contratos em aberto.

Na contraparte, os bancos reduziram a posição líquida tomada para 2.007.348 contratos em aberto, 2.048.233 anteriormente, uma redução de 40.885 contratos.