Os juros futuros engataram uma alta na manhã desta terça-feira, 24, na esteira do fortalecimento do dólar ante o real até uma máxima aos R$ 3,4681 (+0,53%) no mercado à vista – maior valor intraday desde 5 de dezembro de 2016 (R$ 3,4782). O Banco Central ainda não interveio. Nos primeiros negócios, predominou um viés de baixa também alinhado ao recuo da moeda americana mais cedo em linha com o desempenho externo.

O ajuste de alta do dólar frente o real acompanhou o avanço do índice do dollar (DXY), na esteira da alta do rendimento dos Treasuries de 10 anos, que haviam recuado mais cedo, porém, inverteu a mão e atingiu máxima pouco antes do fechamento deste texto em 2,9888%.

Além disso, segundo um operador, há pano de fundo de cautela em meio à expectativa da pesquisa Ibope sobre as eleições gerais, que só será conhecida à noite e que foi feita entre os eleitores de São Paulo, maior colégio eleitoral do País.

A LCA já previa em relatório o risco de novas altas da moeda americana por conta da possibilidade de uma maior demanda interna por hedge cambial, do vencimento dos contratos futuros de dólar no dia 2 de maio e do resgate de US$ 2 bilhões em linha de dólar do BC no próximo dia 3 de maio (quinta-feira da próxima semana).

No começo da sessão, o dólar caiu no mercado doméstico, com um movimento de realização de ganhos de 4,43% em abril até a segunda-feira, quando o dólar à vista fechou em R$ 3,4497 – maior cotação desde 2 de dezembro de 2016.

Às 10h02, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava a 6,940%, de 6,92% do ajuste de segunda-feira; o DI para janeiro de 2021 indicava 7,96%, de 7,93% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 estava em 9,220%, ante 9,18% do ajuste de segunda-feira.

No câmbio, o dólar à vista registrou mínima mais cedo em R$ 3,4366 (-0,38%). O dólar futuro para maio ganhava 0,41%, aos R$ 3,4685, após máxima em R$ 3,470 (+0,45%). Na mínima, cedeu a R$ 3,4380 (-0,48%).

Mais tarde, o Tesouro realiza, às 11 horas, leilão de venda de até 900 mil Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), papéis indexados ao IPCA, em dois grupos de vencimento.

Pela manhã, foi divulgado que o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, registrou leve baixa de 0,02% na terceira quadrissemana de abril, depois de apresentar redução marginal de 0,01% na segunda quadrissemana deste mês.

Já Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em três das sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de abril em relação à segunda leitura do mês, divulgou a instituição nesta terça-feira. No geral, o IPC-S arrefeceu de 0,35% para 0,32% entre os dois períodos.