Os juros futuros oscilam próximos da estabilidade nesta sexta-feira, 16, influenciados pelo dólar fraco em meio ao apetite por ativos de risco no exterior. Internamente, investidores ressaltam os dados positivos no setor de serviços no fim de 2017 e a desaceleração da inflação como catalisadores do recuo do dólar ante o real, além do viés externo negativo.

Lá fora, preocupações crescentes com o tamanho dos déficits dos EUA, especificamente como Washington irá financiar tanto os gastos do governo quanto cortes de impostos, pesam contra o dólar.

Às 9h58, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, mais negociado estava em 8,730%, ante 8,72% do ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,06%, aos R$ 3,2277. O dólar futuro de março recuava 0,17%, aos R$ 3,2325.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços prestados no País teve um avanço de 1,3% em dezembro de 2017 ante novembro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, houve alta de 1,0%. O resultado de dezembro ante novembro veio bem mais forte que a mediana das estimativas do mercado financeiro (+0,25%).

O dado ficou dentro do intervalo das 18 estimativas captadas pelo Projeções Broadcast, que iam de recuo de 0,40% a elevação de 1,80%. Na comparação com dezembro do ano anterior, houve elevação de 0,5% em dezembro de 2017, já descontado o efeito da inflação. O resultado superou o teto do intervalo das projeções, que iam de uma queda de 1,50% a crescimento de 0,30%, com mediana negativa de 0,50%.

Em relação á inflação, foi revelado que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou de 0,70% na primeira leitura do mês para 0,46% na segunda quadrissemana. Já o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, desacelerou de 0,25% na primeira leitura do mês para 0,03% na segunda quadrissemana.