Os juros futuros terminaram a sessão regular, mais curta nesta Quarta-feira de Cinzas, 14, em queda firme ao longo de toda a curva a termo. O sinal de baixa predominou desde a abertura, determinado sobretudo por ajustes ao que aconteceu no exterior durante o feriado de carnaval, período em que os ativos de risco tiveram bom desempenho lá fora. Nos demais ativos, o Ibovespa ampliou os ganhos para mais de 3% e o dólar renovou mínimas, negociado abaixo dos R$ 3,24 no segmento à vista.

As principais taxas encerraram a sessão nas mínimas, com exceção da do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019, que encerrou em 6,690%, de 6,725% no último ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2020 encerrou em 7,89%, de 7,98% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 terminou em 8,76%, de 8,90%. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 9,68% para 9,54%.

O mercado doméstico vive um verdadeiro rali nesta volta do feriado de carnaval, atribuído a uma correção e ao apetite pelo risco no exterior. Profissionais da área de renda fixa explicam que, na última sexta-feira, os investidores haviam se munido de cautela antes do feriado prolongado, se protegendo contra eventuais adversidades no exterior enquanto o mercado aqui estivesse fechado. Como o saldo foi positivo para as bolsas e o dólar caiu lá fora nos últimos dias, hoje os ativos aqui se ajustaram. Com isso, os juros locais ignoraram a disparada do rendimento da T-Note de dez anos e também não reagiram à taxa de inflação mais forte nos Estados Unidos em janeiro, acima do esperado.

Às 16h32, a taxa da T-Note de dez anos estava na máxima de 2,914% e, nas ações, os índices em Nova York renovaram máximas, liderados pelos setores bancário e de tecnologia. O Dow Jones subia 0,62% e o S&P 500, +1,04%. Aqui o Ibovespa tinha ganho de 3,01%, aos 83.337,34 pontos. O dólar à vista batia sucessivas mínimas, negociado em R$ 3,2310 (-1,95%), após tocar a mínima de R$ 3,2245 (-2,15%). Além dos ajustes pós-feriado, o câmbio local é favorecido por fluxo positivo com migração de recursos para a renda variável, segundo analistas.