Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quinta-feira, 1º de novembro, estáveis na ponta curta da curva e em baixa nos vencimentos longos. Nem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 6,50% nem a mensagem do comunicado foram suficientes para mexer com os contratos de curto prazo, na medida em que já estavam, em boa medida precificados, e estes passaram toda a sessão de lado.

Os vencimentos longos se beneficiaram do bom humor no exterior, que resultou em apetite pelas moedas de economias emergentes, aliviando o câmbio doméstico. Além disso, ainda que indiretamente, o fato de o juiz federal Sergio Moro ter aceito o convite para assumir o Ministério da Justiça e Segurança teve efeito positivo sobre as taxas longas nesta tarde, embora na primeira etapa tenha trazido dúvidas sobre um possível fortalecimento do discurso da esquerda de que sua atuação na Lava Jato tenha tido cunho político.

“Dá a respaldo à lua de mel da população com o governo e pode facilitar a negociação das reformas difíceis”, afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 encerrou em 7,18%, de 7,173% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2021 ficou estável, em 8,12%, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 9,273% para 9,21%. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou em 9,73%, de 9,832%.

Pouco antes do fechamento deste texto, o presidente eleito Jair Bolsonaro sinalizou, em entrevista a emissoras de TV católicas, que as pastas de Meio Ambiente e Agricultura vão permanecer como ministérios distintos após a reforma administrativa que ele propõe.

No exterior, o bom humor é sustentado pela melhora da percepção em relação aos rumos do comércio global, após conversa considerada “muito boa” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o da China, Xi Jinping.

O dólar tem queda generalizada e também os rendimentos dos Treasuries estão em baixa. No Brasil, às 16h29, a moeda à vista estava em R$ 3,6904 (-1,01%).