A aceleração da cotação do dólar na tarde desta quinta-feira, 16, com a moeda chegando a tocar os R$ 4,20, deu mais gás ainda aos juros futuros na sessão de hoje, provocando aceleração firme das taxas nos vencimentos de médio e longo prazo. Nos mais curtos, a surpreendente alta do IBC-Br em novembro deu espaço para correção de excessos em alguns contratos, como o janeiro de 2021. A precificação de corte da Selic para fevereiro seguiu na faixa dos 60%.

No começo da tarde, o dólar virou para o positivo, em meio ao movimento de investidores reforçando apostas contra o real. Depois de romper os R$ 4,19, a moeda chegou a tocar os R$ 4,20 perto das 16h. O dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 4,1902.

O componente câmbio passou a pressionar ainda mais os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI). As taxas já tinham viés de alta desde a abertura, depois de o IBC-Br ter avançado 0,18% em novembro (ante mediana negativa de 0,10% da pesquisa do Projeções Broadcast) e em meio aos leilões do Tesouro.

“Houve um mau humor generalizado com os ativos brasileiros hoje, sem um motivo aparente. O câmbio voltando a R$ 4,20, a bolsa caindo enquanto o S&P 500 renova máxima”, afirmou a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour Chachamovitz.

Desta forma, a taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 4,390% no ajuste de ontem para 4,450% (regular) e 4,445% (estendida). A do DI para janeiro de 2023 saltou de 5,560% para 5,690% (regular) e 5,660% (estendida). A do DI para janeiro de 2025 avançou de 6,320% para 6,430% (regular) e 6,410% (estendida). E a do DI para janeiro de 2027 foi de 6,710% para 6,820% (regular) e 6,800% (estendida).