A Vivo divulgou na terça-feira (26) que teve um lucro líquido de R$ 746 milhões no segundo trimestre, recuo de 44,6% na comparação anual. Os analistas já esperavam um lucro inferior ao de 2021, mas o resultado decepcionou. A cifra ficou 25,3% abaixo das expectativas da XP Investimentos, que previa R$ 998 milhões. Segundo a Vivo, a receita líquida cresceu 11,1% para R$ 11,8 bilhões. Mesmo assim, a geração de caixa medida pelo Ebitda caiu 4,4%, para R$ 4,5 bilhões. Segundo os analistas da XP Investimentos Bernardo Guttmann e Marco Nardini, a margem Ebitda ficou 0,8 ponto percentual abaixo do esperado. A Vivo informou que os resultados pioraram devido ao aumento das despesas financeiras no segundo trimestre. Um dos poucos pontos positivos foi a alta de 16% na receita líquida móvel. Os analistas da XP mantêm a recomendação Neutra para a ação e o preço-alvo em R$ 58, alta de 25% na comparação com o fechamento de terça-feira (26).

FRIGORÍFICOS
BRF e Minerva ampliam exportação

Os principais frigoríficos brasileiros deverão ampliar suas exportações. A BRF informou na sexta-feira (22) que o governo da Arábia Saudita derrubou o embargo de sua fábrica em Abu Dhabi. A proibição havia sido imposta em agosto de 2019. “Com isso, vamos retomar as exportações de carne de aves à região”, disse a empresa. No mesmo dia, a Minerva Foods divulgou que começou a exportar carne bovina in natura para o Canadá, mercado de US$ 1 bilhão atendido principalmente pelos Estados Unidos.

ENERGIA
Neoenergia a plena carga

A Neoenergia lucrou R$ 1,07 bilhão no segundo trimestre de 2022, avanço de 7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita operacional cresceu 1% para R$ 9,64 bilhões. O Ebitda, que mede o resultado operacional, foi de R$ 3,2 bilhões, alta de 40%. O lucro ficou acima da expectativa, que era de R$ 656 milhões. Para o analista da Suno Research Renato Viero “a empresa apresentou números fortes que foram puxados pelo aumento das tarifas”. No ano, até terça-feira (26), as ações da Neoenergia recuaram 8,1%.

PETRÓLEO
Enauta: reservas do campo de Atlanta sobem 50%

A petroleira Enauta informou na terça-feira (26) que elevou em 50% a projeção de suas reservas 2P (provadas e prováveis) do campo de Atlanta, para 155,7 milhões de barris. Em dezembro do ano passado a projeção era de 105,7 milhões de barris. Com a descoberta, a Enauta declarou deter 166,2 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) em reservas 2P. O aumento da estimativa baseia-se em um relatório da GaffneyCline, contratada pela Enauta. A petroleira divulgou que a produção de Atlanta foi de 1,8 milhão de barris no primeiro semestre.

PAPEL E CELULOSE
Klabin cobra caro e ainda vende mais

A Klabin divulgou na quarta-feira (27) que lucrou R$ 972 milhões no segundo trimestre, melhora de 35% na comparação com o mesmo período de 2021. A receita líquida somou R$ 5 bilhões, alta de 24% ante o ano anterior. A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,99 bilhão, crescimento de 11%. Para o analista da Levante Flávio Conde a empresa teve um resultado muito melhor que o projetado pelo mercado. “Os destaques foram o aumento de vendas e o reajuste de preços”, afirmou Conde. O analista disse ainda que o lucro veio 121% acima das projeções do mercado.

DESTAQUE DO PREGÃO
Resultado do Carrefour supera expectativas

Divulgação

A rede de supermercados Carrefour informou na noite de terça-feira (26) que seu lucro líquido ajustado foi de R$ 600 milhões no 2º trimestre, alta de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2021. O número ficou acima das expectativas. O consenso de mercado era de um lucro de R$ 475 milhões. De acordo com o CEO, Stéphane Maquaire, a melhora foi puxada pela alta de 35,9% nas vendas, para R$ 24 bilhões, em um ambiente inflacionário. “O crescimento foi impulsionado por um sólido desempenho na categoria de alimentos”, disse Maquaire. Na máxima do pregão de quarta-feira (27), as ações da empresa saltaram 7,3%. A Genial Investimentos gostou do resultado. A corretora disse que o “Atacadão é a camisa 10 do Grupo Carrefour”. Sendo assim, os analistas mantiveram a recomendação de compra para a ação com preço-alvo de R$ 22, crescimento de 31,3% na comparação com o fechamento de terça (26).