O advogado e mestre em Antropologia Antônio Maia, fundador da TIKAL TECH, uma empresa de soluções baseadas em tecnologia e inovação para o segmento jurídico, ajudando advogados, escritórios, empresas e consumidores em todo o Brasil, participou da live da IstoÉ Dinheiro, nesta quinta-feira (6). Na entrevista, Maia fala sobre o julgamento da ADI 5090, que trata da inconstitucionalidade do índice de correção monetária adotado para as contas do FGTS. Ele também detalha como o consumidor pode usar o aplicativo que ele criou para ajudar as pessoas a acionarem a justiça com o apoio de robôs. Para ele, as inovações tecnológicas estão levando uma série de mudanças para os profissionais do Direito. “Eu acredito que o índice de correção monetária para corrigir o FGTS será o IPCA.”

Na entrevista, Maia diz que as novas ferramentas tecnológicas vem mudando as premissas do futuro da advocacia. “O uso da tecnologia no ambiente jurídico não tem mais volta”. Ele é o criador do robô ELI (sigla para Enhanced Legal Intelligence, ou inteligência jurídica aprimorada), um verdadeiro assistente jurídico de alta performance que ajuda advogados, escritórios de advocacia e empresas em problemas específicos com enormes ganhos de produtividade e qualidade, permitindo atingir resultados nunca antes imaginados. Na entrevista ele também falou do “Loit FGTS”, ferramenta que ajuda as pessoas a entender e buscar seus direitos relativos à correção dos saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. “Cerca de 70 milhões de trabalhadores brasileiros podem pleitear a correção de seus saldos, até mesmo quem já sacou o recurso. A maioria não sabe.”

Em suma, Maia resolveu usar seu conhecimento e recursos para promover a disrupção do acesso à Justiça, criando um aplicativo para as pessoas comuns ingressarem de forma autônoma nos meandros do complexo sistema judicial brasileiro. Durante a entrevista, o advogado fala que esse modelo de construção de cidadania “do-it-yourself” já está consagrado em vários países, e a tecnologia finalmente permite que seja eficiente e de baixíssimo custo para o cidadão.

O advogado também comentou sobre as plataformas online que foram criadas por startups que buscam trazer inovação e simplificar o trabalho do profissional do meio jurídico e impactos causados pelo surgimento dessas empresas no mercado jurídico. “O problema é que as pessoas não sabem sobre os direitos que têm e Causas de interesses negativos não são de interesses dos advogados”, conclui.