A cidade de São Paulo deve enfrentar um pico de internações de covid em junho semelhante ao que aconteceu em abril deste ano. A afirmação foi feita pelo secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, nesta segunda-feira (7) em entrevista ao ‘Bom Dia SP’.

Ele lembrou que o pico da segunda onda ocorreu entre março e abril e em maio houve uma queda. E há mais de 25 dias estabilizamos neste patamar muito alto de internação.

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De acordo com o secretário, a taxa de ocupação nos leitos de UTI atingiu a marca de 82% e a ocupação de enfermaria está em 70%. Ele disse que a cidade tem percebido um aumento no número de novos casos e o reflexo de ocupação deve ser ainda maior na segunda semana deste mês.

“Nossa equipe de planejamento imagina que por volta do dia 17 nós podemos ter uma taxa de ocupação semelhante àquela que foi no pico da segunda onda no mês de abril. Portanto, é um momento de preocupação da volta da circulação das pessoas como se já não estivéssemos mais em pandemia na nossa cidade”, disse.

“Nós vamos abrir agora mais 250 leitos de UTI até o dia 20 de junho, mas isso tudo vai se tornando insuficiente se nós não conseguirmos fazer uma transição nesse momento que nós estamos vivendo para o processo de vacinação, de imunização de toda a população. Nós teremos sem dúvida nenhuma situações muito difíceis na rede, no sistema de hospitais da nossa cidade”.

Ele destaca que, apesar de todos estarem cansados, é preciso resistir um pouco mais até que a vacinação avance mais. De acordo com o secretário, a cidade deve atingir um índice elevado de imunização apenas no fim do ano. “Seguramente, só em dezembro nós teríamos algo muito avançado, ou seja, um processo de universalização de tomada da vacina.”