A Wikileaks anunciou nesta semana que seu fundador, Julian Assange, irá deixar o cargo de editor chefe do site. Apesar do afastamento do cargo, Assange continuará publicando seus textos na plataforma. O comunicado foi dado via Twitter, onde foi explicado que o afastamento do jornalista se deu por conta de seu status atual de incomunicável na embaixada equatoriana em Londres, onde há seis meses teve seu direito de uso da internet revogado.

Seu antigo cargo será ocupado pelo islandês Kristinn Hrafnsson, jornalista investigativo que em 2010 ganhou o prêmio de jornalista islandês do ano (seu terceiro) por conta de reportagem publicada no Wikileaks. Desde então se tornou porta-voz do site e continuou publicando seus texto no veículo até 2016. Naquele ano, começou a se envolver em projetos legais do Wikileaks e agora volta a ocupar um cargo jornalístico.

Na nota que anunciou a transição, Hrafnsson disse “condenar o tratamento dado a Julian Assange que culminou em meu novo cargo, mas aceito a responsabilidade de garantir a continuidade do importante trabalho baseado nos ideais do Wikileaks”.

Assange passou os últimos seis anos na embaixada do Equador em Londres, fugindo da Suécia onde estava sendo ameaçado de extradição após ser acusado de estupro. Apesar das queixas terem sido retirada em 2017, o jornalista ainda pode ser extraditado de Londres para os Estados Unidos sob acusações de publicar segredos de estado.]

Porém sua relação com os equatorianos vem se deteriorando nos últimos tempos. Em março de 2018, todas as comunicações de Assange com o resto do mundo foram cortadas após o jornalista quebrar seu acordo com o governo do Equador de não interferir em outros países.