Um tribunal dos Estados Unidos ordenou que um hospital de Ohio trate um paciente que sofre de Covid-19 com ivermectina, após uma ação movida pela mulher do doente.

Este é mais um caso em que um tribunal do país dá razão a um litigante que busca usar a droga, apesar de não haver provas de eficácia da mesma contra o novo coronavírus.

O juiz Gregory Howard ordenou que o Hospital West Chester, localizado nos arredores de Cincinnati, trate o paciente Jeffrey Smith com ivermectina, de acordo com uma ordem protocolada em 23 de agosto. Julie Smith, mulher do doente, representada pelo advogado Ralph Lorigo, recebeu uma receita do médico Fred Wagshul, listado no site de um grupo chamado “Front Line Covid-19 Critical Care Alliance”, que defende o uso do vermífugo.

Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos dizem que não há provas “nem a favor, nem contra o uso da ivermectina para o tratamento da Covid”, até que se obtenham resultados claros em testes rigorosos. Um relatório recente do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostrou que, em meados de agosto, os médicos assinavam mais de 88.000 receitas do medicamento por semana, muito acima do nível pré-pandêmico, de 3.600.

Os centros de controle de intoxicações registraram o triplo de chamadas por overdose de ivermectina.