O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), se reúne no final da tarde desta terça-feira, 31, com o pré-candidato do partido à Presidência, Henrique Meirelles, na sede da legenda em Brasília. Os dois devem discutir os detalhes da convenção nacional, programada para acontecer no dia 2 de agosto.

Apesar das críticas de setores do MDB, liderados pelo senador Renan Calheiros (AL), os dirigentes do partido estão convencidos de que Meirelles não terá problemas para ter seu nome chancelado na convenção e conseguirá obter 450 dos 629 votos dos delegados. O ex-ministro da Fazenda hoje tem apenas 1% das pesquisas de intenção de votos.

O presidente Michel Temer já confirmou presença no evento, quando pretende discursar também a favor de Meirelles e da candidatura própria da sigla. Temer tem direito a dois votos e considera sua presença importante na convenção, já que não pretende deixar de ter influência no processo sucessório, apesar de os candidatos evitarem citá-lo, como aconteceu neste sábado, 28, quando o empresário Paulo Skaf (MDB-SP) foi lançado candidato ao governo do Estado de São Paulo.

Isolado politicamente, Meirelles tem dito que a sua campanha em condições de vencer a eleição com uma chapa pura, ou seja, com um vice do mesmo partido. “O MDB é um partido que tem base nacional, tem tempo de televisão suficiente, tem presença em todo o Brasil e não precisa fazer grandes concessões e alianças”, disse o ex-ministro da Fazenda, em entrevista exclusiva para o Broadcast Político, após participar de evento em São Paulo.

Para Meirelles, o MDB, ao não fazer concessões para se aliar a outros partidos, pode manter coerência com a história do partido e com a sua própria história. “Isso é fundamental, porque as pessoas vão votar, basicamente, em propostas objetivas e no histórico de cada candidato”, declarou.