O senador Romero Jucá (MDB-RR) disse nesta quinta-feira, 11, que não acredita ser possível a votação da reforma da Previdência nesta legislatura, como esperam a equipe econômica do governo e o mercado. O emedebista disse ser contra a votação dessa proposta antes da definição do próximo presidente da República porque é preciso um “respaldo das urnas” para as propostas que estão sendo debatidas no período eleitoral.

“Eu acho que não (é possível votar nesta legislatura) porque ninguém tem um modelo. Eu acho que a reforma da Previdência deverá ser feita por quem tiver efetivamente o respaldo das urnas para discutir. Até porque nós queremos ver também quais são as propostas que os candidatos irão apresentar e ao qual o presidente vai se focar também no início do governo. Portanto, eu sou contra votar a reforma da Previdência agora”, disse Jucá.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), já havia argumentado no mesmo sentido, no domingo, 7, durante o processo de votação.

Além disso, ele chegou a afirmar ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que não vai pautar a medida de ofício. “Reforma da Previdência não é para tirar direitos de pobres, não é para tirar o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Não posso aceitar que o mercado dirija os rumos da nação. Não conheço esse mercado, não recebi votos dele”, criticou. “Eu acho que a reforma deve ficar para o próximo presidente e esse presidente (eleito) tem de botar a cara, dizer o que ele quer e para que ele veio.”