Um ano depois do primeiro caso de covid-19 no Brasil, São Paulo vê o coronavírus atingir nesta nova onda principalmente os mais jovens, diferentemente do que ocorreu no pico da pandemia entre maio e junho, quando os idosos eram os mais afetados. Aliado a isso, o Estado vem batendo recordes diários de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Como normalmente os jovens não têm comorbidades ou problemas prévios de saúde, eles demoram mais para buscar atendimento médico e costumam chegar ao hospital em um estágio mais avançado da doença. Aliado a isso, as festas de Carnaval, que aconteceram nas duas últimas semanas, também contribuíram para o aumento de casos na faixa etária entre 30 e 50 anos, segundo o IG.

+ Perfil dos internados por covid em SP muda: ‘Mais jovens e com mais tempo na UTI’

Para tentar driblar o aumento no número de casos, a Grande São Paulo entrou na fase laranja de restrições a partir desta segunda-feira (1º). E desde a semana passada, o Estado de São Paulo está com o chamado “toque de restrição”, que limita a circulação de pessoas entre às 23h e 5h. Neste período, só os serviços essenciais podem funcionar. A medida vai até o dia 14 de março.

Especialistas consideram que os jovens tendem a se aglomerar mais, indo à festas, eventos e bares, por exemplo. Com isso, aumenta o número de casos.

O objetivo das medidas é evitar aglomerações, sendo que há, inclusive, a possibilidade da aplicação de multas para quem violar o Plano SP. A expectativa do governo é que, principalmente, os mais jovens fiquem mais tempo em casa e, assim, reduzir a circulação do vírus.

Além de não poder circular entre 23h e 5h em todo o Estado, na Grande São Paulo todos os setores podem seguir funcionando, mas com capacidade limitada a 40% de ocupação. O horário de funcionamento em todos os estabelecimentos fica limitado a 8h por dia, sendo no máximo até as 20h. Fica proibido ainda o atendimento presencial em bares.