O que para muitos experts em finanças pode soar como loucura, apostar todo seu dinheiro em criptomoedas, para um jovem brasileiro morando nos Estados Unidos, foi oportunidade. Investindo cerca de US$ 250 mil em dogecoin, uma moeda formada a partir de um meme, Glauber Contessoto conseguiu aumentar sua poupança em 700% em menos de três meses.

Aos 33 anos e trabalhando com uma produtora de hip-hop em Los Angeles, Contessoto retirou todo o dinheiro que tinha no banco e fez empréstimos financeiros após ler em um fórum social, o Reddit, boas análises sobre o Dogecoin – moeda digital que usa a foto de um cachorro da raça Shiba Inu. Em fevereiro ele aplicou os US$ 250 mil que se tornaram aproximadamente US$ 2 milhões em algumas semanas.

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Em entrevista ao New York Times, o brasileiro explicou que sua tática é simples: acompanhar as tendências do mundo digital que ressoam no mundo econômico. O Dogecoin extrapolou os limites do mundo em bits e ganhou o coração de investidores espalhados pelo mundo, como o mega bilionário e CEO da Tesla, Elon Musk.

Em uma série de tuítes nas últimas semanas, Musk conseguiu tirar a atenção da principal criptomoeda no mundo, o Bitcoin, para colocar o Dogecoin como um dos queridinhos do ambiente das criptos. Há menos de um mês o BTC era avaliado em pouco mais de US$ 64 mil – sua máxima histórica – para chegar aos US$ 35 mil na última quarta-feira (19).

E isso tudo com Musk apenas dizendo que a Tesla iria vender sua posição bilionária em BTC e que a montadora mais valiosa do mundo deixaria de ofertar carros ao valor de bitcoins. Bastou uma sinalização à moeda do cachorrinho, que o mercado fugiu do BTC.

A tática de Contessoto é arriscada, mas segue os padrões de qualquer outro investidor que aposte acreditando na imagem de uma empresa. Na entrevista ao NYT, o brasileiro afirmou que “os memes são a linguagem da geração do milênio” e nada melhor do que uma moeda-meme para representar o novo agora.