Qual o impacto da pandemia no setor de previdência privada?
Esse mercado é bastante cíclico, ele cresce nos momentos de prosperidade e o crescimento desacelera quando a economia perde o ritmo. Mesmo assim, se olharmos um pouco à frente, percebemos que esse mercado tem muito a crescer ainda. A previdência privada é uma necessidade das famílias. As dificuldades dos últimos tempos têm servido como um aprendizado para a população, que tem buscado proteção. E ainda não atingimos a base da pirâmide. Temos muito espaço para crescer.

Por que?
A sociedade passou e continua passando por mudanças profundas. Uma delas é a demografia. As pessoas estão vivendo bem mais e a expectativa de vida do brasileiro não para de subir. Outra mudança é nas relações de trabalho. A relação de emprego formal mudou muito. Isso abre espaço para a previdência privada, seja para montar uma reserva patrimonial, seja pensando no planejamento sucessório.

Essas mudanças afetaram a preferência dos investidores?
Os clientes agora têm mais entendimento sobre as aplicações financeiras e estão procurando investimentos mais rentáveis. A exposição ao risco aumentou, o horizonte de investimentos está mais diversificado. O investidor notou que a previdência social não é a única resposta para a aposentadoria. Quem não colocar recursos na previdência privada está perdendo incentivos fiscais.

Como isso mudou as aplicações?
O maior impacto disso é o crescimento dos fundos multimercados. Em 2016, eles representavam 5,7% do nosso patrimônio, e a renda fixa representava 91,2%. Em 2020, essa relação mudou muito. A participação dos multimercados praticamente triplicou para 15,1%, e o total da renda fixa caiu para 80,2%.

OPÇÃO PELA SIMPLICIDADE

Os fundos de renda fixa de diversos tipos ainda são os mais populares da indústria, apesar da queda recente dos juros. Uma análise da quantidade de cotistas no fim do primeiro trimestre mostra que os fundos mais seguros permanecem os mais populares. Os fundos das categorias Duração Baixa e Simples, que oferecem a menor volatilidade e as menores taxas, representam 77,81% do total de cotistas. No fim do primeiro trimestre havia cerca de 9,7 milhões de investidores nesses fundos.

EM ALTA 2,94%

Foi a alta do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em março, acima dos 2,53% de fevereiro. Em março de 2020, o índice havia subido 1,24%. Com este resultado, o índice que regula os aluguéis acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. Todos os índices que compõem o IGP-M aceleraram. O IPA subiu 3,56% ante 3,28% em fevereiro, o IPC subiu 0,98% ante 0,35% em fevereiro e o INCC subiu 2,00% em março, ante 1,07% no mês anterior. O que impulsionou a inflação foi o aumento dos preços dos combustíveis e das matérias-primas.

EM BAIXA 6%

Foi a taxa de desemprego nos Estados Unidos em março, abaixo dos 6,2% registrados em fevereiro. Em março de 2020, a taxa era de 4,4%. No mês passado, os empregadores americanos contrataram 916 mil pessoas, acima da expectativa que era de 675 mil. O aumento nas contratações deveu-se ao crescimento da vacinação e à continuidade dos programas de auxílio econômico do governo. Os dados de fevereiro foram revisados para cima e passaram a mostrar abertura de 468 mil empregos, em vez dos 379 mil postos relatados anteriormente.