O grupo Jihad Islâmica confirmou neste domingo (7) que chegou a um acordo para uma trégua com Israel graças à mediação do Egito, após três dias de confrontos sangrentos na Faixa de Gaza que deixaram pelo menos 41 palestinos mortos.

“Foi concluído há pouco um acordo de trégua egípcio, que inclui o compromisso do Egito de agir em favor da libertação de dois prisioneiros, (Basem) Al Saadi e (Khalil) Awawdeh”, disse em um comunicado Mohamed Al Hindi, chefe do braço político da Jihad Islâmica.

Foi a detenção de Saadi, um líder da Jihad na Cisjordânia ocupada, que desencadeou essa escalada de violência.

Israel justificou seus primeiros ataques na sexta-feira com temores de possíveis represálias da Jihad por essa prisão a partir da Faixa de Gaza, enclave de 362 km2 onde vivem 2,3 milhões de pessoas e que está sob bloqueio israelense há mais de 15 anos.

Em resposta aos bombardeios, o grupo armado, apoiado pelo Irã e incluído na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e da União Europeia, disparou centenas de foguetes contra Israel.

Essa é a pior escalada de violência em Gaza desde a guerra de onze dias em maio de 2021, que deixou 260 mortos no lado palestino e 14 no lado israelense.