A JBS se pronunciou nesta sexta-feira, 16, sobre questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e B3 a respeito da informação de que os irmãos Batista, donos do grupo, teriam sido denunciados por corrupção. A companhia afirma, em comunicado ao mercado, que “não é parte nos procedimentos investigatórios e acusatórios citados no ofício e não há qualquer ação judicial em curso contra a companhia a esse respeito”.

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As denúncias mencionadas, prossegue a JBS, foram oferecidas pelo Ministério Público Federal em 14 de outubro de 2020, como resultado de inquérito instaurado em 2018, perante o Superior Tribunal de Justiça, a partir dos acordos de delação premiadas, firmados em maio de 2017, por determinados executivos da J&F Investimentos, e seu conteúdo é de conhecimento público.

A empresa informa ainda que os benefícios fiscais utilizados, nesse contexto, foram diretamente exigidos pelo Estado do Mato Grosso do Sul, já ao final de 2017. Os valores devidos, acrescenta a JBS, vem sendo pagos de forma parcelada regularmente, sem qualquer prejuízo adicional. Nesse contexto, a empresa diz avaliar que “sob nenhum aspecto é possível considerar que os eventos relatados no ofício possam ser considerados fatos relevantes, nos termos da regulação da CVM”.

Ao final da sua resposta, a JBS expõe inclusive uma preocupação com a utilização de notícias “antigas e por vezes omissas e/ou equivocadas” pela CVM para fazer questionamentos à companhia. “Nota-se que muitos dos eventos e informações sobre os quais a companhia é chamada a se posicionar são públicos e amplamente difundidos, alguns de fácil acesso pela internet”. A companhia entende que a autarquia deveria fazer uma verificação prévia sobre a atualidade de veracidade das notícias antes de enviar ofício à empresa.