SÃO PAULO (Reuters) – A JBS, maior produtora global de carnes, avalia que suas operações na América do Norte continuarão impulsionando a performance.

Falando em apresentação a investidores nesta terça-feira, a administração da companhia afirmou que a JBS será favorecida pela forte demanda no mercado interno dos Estados Unidos e os fluxos constantes de comércio para os mercados asiáticos, especialmente a China.

No Brasil, onde a empresa está sediada, a pressão de custos pesará na divisão Seara, que processa suínos e aves, porque os agricultores locais ainda estão plantando sua segunda safra de milho, importante insumo para a ração.

A escassez durante o período de entressafra do milho, que durará até o meio do ano, é agravada pela guerra na Ucrânia, que fez com que os preços dos grãos subissem globalmente, afetando as operações em todas as regiões.

A Seara não conseguiu repassar custos mais altos aos consumidores no Brasil, disse a administração, citando a fraqueza da economia brasileira. Nos Estados Unidos, por outro lado, os consumidores têm poder para continuar comprando, disseram os executivos.

Citando dados do USDA para 2022, os executivos da JBS disseram que a produção de carne bovina e suína cairá em relação ao ano anterior nos EUA, enquanto a produção de aves provavelmente aumentará.

Nos EUA, onde a empresa obtém a maior parte de sua receita, as perspectivas para preços e margens continuam positivas. Na Austrália, os rebanhos ainda estão se recuperando, mas as perspectivas estão melhorando, acrescentaram eles.

Na segunda-feira, a JBS anunciou vendas recordes no ano passado devido à força de seus negócios nos EUA, que também são impulsionados por fortes laços comerciais com a China.

Em relação às aquisições que a JBS fez em 2021, a empresa disse que as empresas adquiridas estão com desempenho melhor do que o esperado.

(Por Ana Mano)

tagreuters.com2022binary_LYNXNPEI2L0PC-BASEIMAGE