O Japão se prepara, neste domingo (15), para novas chuvas torrenciais, após as enchentes e deslizamentos de terra que mataram pelo menos seis pessoas nos últimos dias no sudoeste do país.

Enquanto dois milhões de pessoas receberam ordens de evacuação das autoridades, muitos moradores voltavam para suas casas para avaliar os danos causados pelas fortes chuvas que atingem o país, enquanto dezenas de rios transbordaram.

As chuvas diminuíram de intensidade nas sete regiões mais afetadas, com a agência meteorológica reduzindo seu nível de alerta, mas mais chuvas são esperadas para a noite.

“Ainda é possível que o episódio extremo e severo de chuvas continue em várias áreas do país”, alertou o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, durante uma reunião de emergência com seu gabinete.

“Devido às fortes chuvas, os solos estão totalmente saturados em muitas áreas e um desastre em grande escala pode ocorrer a qualquer momento”, acrescentou ele, exortando os moradores a procurarem os abrigos disponibilizados.

Segundo os cientistas, o aquecimento global aumenta o risco de chuvas intensas no Japão, como em outras partes do mundo, pois uma atmosfera mais quente retém mais água.

A agência meteorológica do Japão garantiu que as recentes precipitações atingiram um nível “sem precedentes”.

Um pouco mais de um metro de chuva caiu nos últimos quatro dias em Ureshino, uma cidade do departamento de Saga.

Duas mulheres idosas foram encontradas mortas em um canal de drenagem em Sakai, no departamento de Nagasaki, informou à AFP uma autoridade local.

Na sexta-feira, uma mulher de 59 anos morreu em um deslizamento de terra que arrastou sua casa em Unzen, no mesmo departamento. As equipes de resgate ainda estão procurando mais dois membros de sua família.

Alertas de deslizamentos foram emitidos em 372 municípios do país.

Na região de Nagano (centro), uma mulher de 41 anos e seus dois filhos, de 7 e 12 anos, morreram em um deslizamento de terra, segundo uma autoridade local.

No mês passado, a cidade de Atami (centro) também foi afetada por um grande deslizamento de terra, devido às fortes chuvas, matando 23 pessoas. Quatro continuam desaparecidas.

Em 2018, as inundações e deslizamentos de terra mataram mais de 200 pessoas no oeste do país durante a estação das chuvas.