Há décadas o plástico é apontado como grande vilão ao meio-ambiente. São inúmeras as ações de organizações sociais, empresas e lideranças ambientais na luta para evitar a produção, consumo e descarte desenfreado de produtos a base de petróleo e outros materiais em meio a natureza.

Na última semana, a batalha ganhou um importante aliado. O Japão, o segundo maior produtor de plástico per capita do mundo, anunciou a proibição do uso de canudos e talheres de plástico no país. Segundo matéria do Japan Times, a ação será aplicada em restaurantes, lanchonetes e redes de cafeterias, além de estar em vigor também nas repartições públicas e eventos realizados pelo governo japonês.

A ação do Ministério do Meio Ambiente do país visa a redução de 25% do descarte de materiais plásticos até 2030. Além do veto ao uso de canudos e copos, as autoridades querem que as lanchonetes, restaurantes e lojas estimulem o uso de sacolas e materiais sustentáveis entre os clientes.

A ação precede a realização do encontro do G20, em Osaka, em julho. Entre outros temas, as condições ambientais e os reflexos do descarte irresponsável de materiais poluentes devem estar presentes nos debates entre as 20 principais economias do mundo.

Além dos serviços privados, o governo do Japão quer restringir o uso de plástico em reuniões e escritórios do governo. Durante as conferências, incluindo aquelas que são terceirizadas, o uso de garrafas plásticas e copos descartáveis ​​será proibido e a quantidade de materiais plásticos será limitado ao número de participantes.

Enquanto a China foi o maior gerador mundial de resíduos de embalagens plásticas em 2015, o Japão foi responsável pela maior quantidade per capita, depois dos Estados Unidos, segundo dados do Programa Ambiental da ONU. Os resíduos de embalagens são responsáveis ​​por cerca de metade dos resíduos plásticos gerados globalmente.