Após quase uma década do desastre nuclear de Fukushima, o governo japonês decidiu liberar mais de um milhão de toneladas de água contaminada no mar, segundo informações divulgadas pelo site Huff Post. O anúncio formal deve ser feito no final de outubro.

A decisão deve afetar países vizinhos como a Coreia do Sul, que já intensificou os testes de radiação dos alimentos provenientes do Japão. Além disso, a ação deve devastar ainda mais a indústria pesqueira em Fukushima, que tem lutado contra o movimento durante anos.

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A eliminação da água contaminada da fábrica de Fukushima Daiichi tem sido um problema de longa data para o Japão, uma vez que prossegue com um projeto de desativação que dura há décadas.

Cerca de 1,2 milhões de toneladas de água contaminada são atualmente armazenadas em enormes tanques nas instalações.

A central, gerida pela Tokyo Electric Power Company Holdings Inc., sofreu múltiplos colapsos nucleares após um terramoto e um tsunami em 2011.

Nesta sexta-feira (16), o ministro da indústria do Japão, Hiroshi Kajiyama, disse que ainda não tinha sido tomada qualquer decisão sobre a eliminação da água. Mas destacou que o governo pretende tomar uma medida rapidamente.

O jornal Asahi noticiou que qualquer liberação deste tipo deverá levar cerca de dois anos, uma vez que a água com radiação do local precisa primeiro passar por um processo de filtração.

Em 2018, a Tokyo Electric pediu desculpas após admitir que os seus sistemas de filtração não tinham removido todo o material perigoso da água.