A Japan Airlines reforçará a fiscalização do consumo de álcool dos funcionários no exterior depois de uma série de incidentes envolvendo pilotos embriagados. O último caso foi no mês passado, quando Katsutoshi Jitsukawa foi detido no aeroporto de Heathrow, em Londres, após um exame apontar a ingestão de álcool nove vezes acima do limite legal.

O teste de Jitsukawa revelou a presença de 189 miligramas de álcool por 100 mililitros de sangue. No Reino Unido, o máximo permitido para um piloto é de 20 miligramas. Segundo informações, ele já havia burlado exames toxicológicos no Japão em outras oportunidades.

A companhia afirmou que uma série de medidas será implementada ao longo das próximas semanas. Entre as ações, estão um novo sistema de bafômetro e o endurecimento de penalidades para pilotos e membros da tripulação flagrados intoxicados. Os pilotos também estão proibidos de consumir bebidas alcoólicas 24 horas antes de um voo, disse a Japan Airlines.

“A empresa leva essa violação a sério, já que a segurança continua sendo nossa prioridade máxima, e sinceramente pede desculpas a todos os afetados pelas ações do funcionário”, disse a empresa em um comunicado.

O caso de Jitsukawa não é um fato isolado. Desde agosto de 2017, 19 pilotos da companhia nipônica foram flagrados em testes do tipo. Destes, 12 foram cancelados e outros sofreram atrasos.

A legislação japonesa não estabelece limites para o consumo de álcool dos pilotos e deixa sob responsabilidade das empresas aéreas formularem regras para a ingestão de bebidas alcoólicas dos pilotos em serviço.

Outras companhias enfrentaram a mesma situação nos últimos meses. No início deste ano, um funcionário da British Airways foi flagrado bêbado após ingerir vodca antes de pilotar e um comandante na Índia foi suspenso por três anos após ser flagrado em um teste de bafômetro.