Diz-se por aí que existe público para tudo em São Paulo. Em sua terceira edição na capital paulista, o projeto Dinner in the Sky seguirá até dia 7 de agosto para provar que há verdade nessa afirmativa. A outra parte de verdade que há de se considerar também é que uma demanda significativa do público que acompanha e consome o que acontece na cidade vem de fora, do interior e de outros estados. A pauliceia é privilegiada como principal destino de empreendimentos de luxo e inovação em serviço no Brasil, o que faz com que muita gente venha de longe, atraída pelo que a metrópole tem e que poucos outros lugares no mundo oferecem.

Neste caso, um grupo significativo de moradores das regiões Nordeste e Sul viaja milhares de quilômetros para viver algo, digamos, ainda único no País: fazer uma refeição a 50 metros de altura. Mas muitas dessas peregrinações estão com os dias contados, já que os empresários Eduardo Lovro e Marcelo Ramos e seus sócios, responsáveis por trazer o Dinner in the Sky para cá, programam sua primeira temporada carioca ainda para este ano, entre 1º de setembro e 18 de dezembro.

Nos trâmites finais para definir o local da sua base na capital fluminense, os executivos se limitam apenas a dizer que a ida já está certa. “Consideramos ainda levar o projeto para Gramado (RS) e outras capitais, como Belo Horizonte ou Brasília. Mas são apenas ideias por enquanto”, disse Ramos.

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Da plataforma de 7 toneladas que comporta pouco menos de 30 pessoas ­—22 delas como pagantes —, a experiência gastronômica em São Paulo tem vista para as copas das árvores nos arredores do lago do Parque Ibirapuera e seu entorno urbano (o obelisco e o edifício da Assembleia Legislativa do Estado). As outras cinco a seis pessoas que completam o grupo nas alturas fazem parte do staff, que inclui o chef da vez, apoio de cozinha, dois bartenders e ainda uma espécie de cicerone, responsável pela apresentação do menu. A brincadeira tem preço salgado, embora os pratos estejam no ponto certo: sai entre R$ 250 e R$ 600 por pessoa, a depender do cronograma escolhido.

O ritual dura entre 40 e 70 minutos, com oito opções de horários para subida no dia, das 8h30, para um café da manhã nas alturas (a versão mais barata do cardápio), até o jantar, refeição mais cara, servido sempre às 20h ou às 22h. As refeições são assinadas e servidas pelos chefs Thomas Troisgros, dos restaurantes Le Blond e TT Burger, do Rio de Janeiro; Felipe Schaedler, do Banzeiro, em São Paulo, que em 2020 entrou no Bib Gourmand do Guia Michelin; Oscar Bosch, responsável pela culinária espanhola de Tanit e Nit, também em São Paulo; além de nomes convidados, como Renato Machado, chef de partie do Belmond Hotel das Cataratas (PR).

EXPANSÃO Eduardo Lovro e sócios ainda pretendem levar projeto para Minas Gerais e Brasília

O público é orientado a chegar 30 minutos antes para receber as instruções e escolher os assentos sob o céu. Um lounge em terra ambienta esse momento introdutório ao Dinner in the Sky, onde os clientes têm acesso a produtos e serviços de marcas parceiras, como as cervejas da Black Princess, sorvetes Hägeen-Dazs e vinhos da Família Salton.