Uma das principais entidades de defesa do meio ambiente, o Greenpeace divulgou na noite desta quarta-feira, 5, uma nota de pesar pela morte do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips. A Polícia Federal (PF) confirmou que um dos pescadores presos na investigação confessou o crime. Restos mortais foram encontrados no local indicado por ele e serão periciados.

A manifestação conjunta do Greenpeace no Brasil e no Reino Unido lamenta o “cruel assassinato” e diz que o País “está mergulhado em um contexto que beira a barbárie”.

“Abandono e revolta. São esses os sentimentos que devastam todos nós que, daqui ou de fora da Amazônia, entregamos nossas vidas à defesa dessa floresta e de seus povos. Graças às ações e omissões de um governo comprometido com a economia da destruição, ficamos órfãos de dois grandes defensores da Amazônia e, ao mesmo tempo, reféns do crime organizado que hoje é soberano na região”, afirma Danicley de Aguiar, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.

A diretora executiva do Greenpeace Reino Unido, Pat Venditti, também prestou solidariedade às famílias e fez um apelo pela defesa da Amazônia.

“Já basta. O mundo tem de acordar e tomar as medidas necessárias para pôr fim à violência e à repressão intoleráveis que assolam a Amazônia. A maior homenagem que podemos prestar agora a Bruno e Dom é continuar o seu trabalho vital até que todos os povos do Brasil e as suas florestas estejam totalmente protegidos”, disse.

A investigação do caso ainda não foi concluída. Embora tenha confirmado o assassinato, a PF ainda não esclareceu a motivação do crime.