Sem sair muito de casa, com menos dinheiro no bolso e mais cauteloso nos gastos, o brasileiro reduziu drasticamente as despesas com seguros de automóveis no ano passado.

Um estudo da TEX “insurtech” (startup de tecnologia voltada ao mercado segurador) apontou que apólices mais enxutas tiveram alta de 45% nas contratações entre março e novembro do ano passado. Em vez de cobertura completa, o cliente preferiu pacotes mais baratos, apenas para roubo e furto – afinal, colisão é algo pouco provável dentro da garagem.

Nesse ambiente, a Ituran, multinacional israelense especializada em monitoramento, cresceu como raramente visto.

Puxado pelo Brasil, o faturamento de US$ 279,3 milhões em 2019 cresceu 15% no ano passado. “Durante 2021, ainda vamos estar em crise econômica, e os clientes de seguro continuarão procurando produtos baratos e com o melhor custo benefício”, afirmou à MOEDA FORTE o CEO Amit Louzon, que projeta repetir 15% de expansão até dezembro.

Nos últimos dez anos, foram emitidas 2 milhões de apólices do Ituran com Seguro, produto que é um dos carros-chefes da companhia. O desafio agora, com crise ou sem crise, é não perder o foco.

(Nota publicada na edição 1211 da Revista Dinheiro)